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quinta-feira, 7 de maio de 2009

DESPERTANDO PARA A VIDA



Não tenho nenhum parente ou conhecido vítima da guerra civil que se instaurou em nossas cidades. Mas não quero esperar isso acontecer para fazer alguma coisa. Durante muitos anos nós, cidadãos brasileiros, nos tornamos apáticos a todos esse caos urbano. Condenamos a violência, apontamos a negligência do governo, mas não somos capazes de agir. Até que um familiar morra. Enquanto isso, ficamos sentados no sofá de nossas casas em frente à televisão só assistindo aos noticiários e balançando a cabeça, dizendo: Tsc, tsc, tsc. Então, nos levantamos, jantamos, abarrotamos nossas mentes de entretenimento e continuamos a nossa vidinha egoísta repleta de indignação, mas desprovida de atitudes. O triste é ver que mesmo nós, cristãos (ao menos a maioria), que deveríamos ser o exemplo de compaixão e caridade, não temos movido uma palha para que isso mude. Nós nos tornamos como um padre na época do holocausto, que ao final de sua vida teve que conviver com a lembrança de ministrar seus sermões enquanto vagões lotados passavam levando inocentes em direção à morte. Estamos vendo os vagões passarem e fechando os nossos olhos, tapando os nossos ouvidos. Isso acontece por causa de uma teologia sem a preocupação de dar esperança de transformação social e sem senso de graça comum. Não estou falando de mudar o mundo, ou fazer dele o Jardim do Éden, mas de não continuarmos indiferentes aos dramas vividos por milhares de pessoas ao longo dos anos, sabendo que isso pode ser reduzido se alguma coisa for feita. Se a tendência é a destruição, então vamos viver num inferno aqui mesmo???!!! As coisas não precisam ser assim. O fato de esperarmos “Novos céus” não nos isenta da responsabilidade de tomarmos uma postura contra algo que é condenável diante de Deus: o assassinato. Para Deus, a vida humana é algo valioso, mas não tem sido para nós, não é mesmo?! Dizer que o evangelho não tem intuito político é uma desculpa para não fazermos o que não queremos. O movimento Rio de Paz, coordenado pelo pastor Antônio Carlos Costa, da Igreja Presbiteriana da Barra, tem apresentado ao governo propostas que visam a solução para redução da violência. Com manifestações pacíficas e criativas tem cobrado respostas, além de mobilizar a população a fazer o mesmo. Em entrevista à Revista Cristianismo Hoje, o pastor disse: O Rio de Paz é o sonho de criar uma cultura de apreço pelos seres humanos no Brasil. Representa a luta pela defesa dos direitos humanos a partir do conceito cristão referente à santidade da vida humana. Seu foco principal, contudo, é a redução da letalidade no país, porque as mortes violentas são o maior problema social deste momento de nossa história. Rio de Paz é um movimento de sociedade civil e não tem ligação formal com nenhuma instituição religiosa – partimos, no entanto, de uma base intelectual cristã e temos nos evangélicos brasileiros a maior parte da nossa mão-de-obra e sustento. Nosso desejo é uma organização o mais ampla possível da população como um todo, a fim de exercer constante pressão social. No momento, particularmente, tenho sido impactada a não me permitir continuar assistindo de camarote o que tem desgraçado a vida de muitas pessoas, feito com que elas chorem seus mortos e talvez, não consigam mais viver. O movimento Rio de Paz tem sido um instrumento para cobrar providências do governo e abrir os olhos indiferentes de crentes como eu. P.S. Não julgue uma coisa antes de realmente conhecê-la. Entre no site: WWW.riodepaz.org.br

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